05/03/2018
POESIAS DE PEDRO BANDEIRA PARA CRIANÇAS
A MINHA FAMÍLIA
Eu gosto da
minha mãe,
do meu pai,
do meu irmão.
Nem sei como
tanta gente
cabe no
PONTINHO DE VISTA
Eu sou pequeno, me dizem,
e eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas, se formiga falasse
e me visse lá do chão,
ia dizer, com certeza:
ADIVINHE QUEM SOU EU
Eu tenho cinco pontinhas,
cada uma de um tamanho.
Eu coço a cabeça,
mas não tenho cabeça.
Eu tenho costas,
mas não tenho peito.
Eu tenho uma irmãzinha,
que é igualzinha a mim.
Mas, se você gosta de festa
e de cantar "parabéns",
eu bato na minha irmã
MEU ANIVERSÁRIO
Hoje é meu aniversário,
é um dia sem igual!
Eu queria que hoje fosse
feriado nacional!
POR ENQUANTO EU SOU PEQUENO
Por enquanto sou pequeno,
mas vou aprender a ler:
já sei ler palavra inteira,
leio pra cima, e pra baixo,
e plantando bananeira!
Por enquanto sou pequeno,
uma coisa vou dizer,
com certeza e alegria:
sei que nunca vou esquecer
MEU DESENHO
Com meus lápis de cor,
desenhei um passarinho.
Ele ficou tão perfeito
IDENTIDADE
Às vezes nem eu mesmo
sei quem sou.
Às vezes sou
"o meu queridinho",
às vezes sou
"moleque malcriado".
Para mim
tem vezes que eu sou rei,
herói voador,
caubói lutador,
jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
sou mosca também,
que voa e se esconde
de medo e vergonha.
Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
peito de aço
goleador!
Mas o que importa
o que pensam de mim?
Eu sou quem sou,
eu sou eu,
sou assim,
ESSE MUNDO PEQUENO
Sei que o mundo é mais que a casa,
Mais que a rua, mais que a escola,
Mais que a mãe e mais que o pai.
Vai além do horizonte,
Que eu desenhei no caderno,
Como linha reta e preta,
Que separa azul de verde.
Sei que é muito, sei que é grande,
Sei que é cheio, sei que é vasto.
Me disseram que é uma bola,
Que flutua pelo espaço,
Atirada pelo espaço,
Atirada pelo chute.
De um gigante poderoso;
Vai direto para um gol,
Que ninguém sabe onde é.
Mas para mim o que mais conta
É este mundo que eu conheço
E que cabe direitinho
OS MEUS ERRINHOS
Está bem, eu confesso que errei.
Eu errei, está bem, me dê zero!
Me dê bronca, castigo, conselho.
Mas eu tenho o direito de errar.
Só o que eu peço é que saibam
Que eu necessito errar.
Se eu não errar vez por outra
Como é que eu vou aprender
Como se faz pra acertar?
Pais, professores, adultos
Também já erraram à vontade,
Já fizeram sujeira e borrão.
Ou vai dizer que a borracha
Surgiu só nesta geração?
Vocês que errando aprenderam,
Ouçam o que eu tenho a falar:
Se até hoje cometem seus erros,
Só as crianças não podem errar?
Concordem, eu estou aprendendo.
Comparem meus erros com os seus,
Se já cometeram os seus erros,
OBRIGADO, MAMÃE!
Hoje é o melhor dia do ano,
É um dia especial.
É mais que aniversário!
Hoje é o Dia das Mães!
É tão bom quanto o Natal!
Vou muito bem na escola
E não fiz nada de errado
Pra ter que bajular.
Então deve ser verdade
Isso que eu quero falar:
Obrigado, mamãe,
Pelas noites mal dormidas,
Pelas horas tão sofridas
Que você me dedicou.
Obrigado, mamãe,
Por esse amor tão profundo,
Por me ter posto no mundo,
Por fazer tudo o que eu sou.
Muito obrigado, mamãe!
Obrigado por seu carinho,
Por todo esse amor, todinho,
Que você deu para mim...
Obrigado, mamãe...
OS SETE GATINHOS
Bete tem sete gatinhos.
Um foi tomar leite, ficaram seis.
Bete tem seis gatinhos.
Um fugiu do cão, ficaram cinco.
Bete tem cinco gatinhos.
Um foi pegar o rato, ficaram quatro.
Bete tem quatro gatinhos.
Um foi comer mingau, ficaram três.
Bete tem três gatinhos.
Um foi ao cinema, ficaram dois.
Bete tem dois gatinhos.
Um foi tomar banho, ficou só um.
Bete tem um gatinho,
tem um gatinho só.
Bete vai dar carinho
pra ele o nome Filó.
Filó é fofo e dengoso,
gostoso de se agradar.
Nem adianta pedir,
QUEM SEMPRE FOI, SEMPRE SERÁ
No passado e no futuro,
preste muita atenção,
para os dois não misturar,
pois só vai dar confusão!
Os políticos prometem,
se ganharem a eleição.
Se mentiram no passado,
no futuro mentirão!
Os ladrões não tem jeito,
pois em tudo põem a mão.
Se roubaram no passado,
no futuro roubarão!
Os cantores e as cantoras
vão cantar suas canção.
Se cantaram no passado,
no futuro cantarão!
As velhinhas tão doentes
tomam mel com agrião.
Se tossiram no passado,
no futuro tossirão!
Quem disser que estou errado,
que não tenho razão,
saiba que eu estou muito certo,
nisso eu sou um campeão!
Pois quem hoje é um boboca
não vai ter conserto não.
Quem foi bobo no passado,
👉 SOBRE O AUTOR:
"Pedro Bandeira de Luna Filho é um escritor brasileiro de livros infantojuvenis. Recebeu vários prêmios, como o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, entre outros". Fonte: Ebiografia.
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