O desenvolvimento histórico da
educação especial no Brasil inicia-se no século XIX, quando Dom
Pedro II, fundou no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos meninos cegos em 1854.
O Brasil,
historicamente, possui uma ampla legislação favorável à educação especial. São
inúmeros decretos, resoluções e leis dedicando extensos capítulos à respeito da
educação de crianças e jovens com deficiência, sugerindo que o atendimento
educacional delas fosse feito preferencialmente nas redes regulares de ensino.
Todas
as iniciativas, desde o Império até a década de 1970, são parte de uma história
na qual as pessoas com deficiência ainda não tinham autonomia para decidir o
que fazer da própria vida. Todavia, entre as pessoas com deficiência, esse foi
um período de gestação da necessidade de organização de movimentos afirmativos
dispostos a lutar por seus direitos humanos e autonomia. (LANNA JR, 2010, p.
30).
👉 DÉCADA DE 60:
normalização – integração: início da aceitação dos deficientes físicos nas
classes normais;
👉 DÉCADA DE 70: conceito de normalização e integração social
– foram entendidos de forma equivocada.
👉DÉCADA DE 80:
movimento mundial pela inclusão social – surge a proposta de Educação Inclusiva
– insatisfação dos educadores de Educação Especial.
👉 DÉCADA DE 90: a política de Educação Inclusiva começa a ser difundida, principalmente
após a Declaração de Salamanca (1994).
🔔 OBJETIVO MAIOR: É uma
sociedade inclusiva.
🔔 PRINCIPAL DESAFIO DA ESCOLA COMUM:
Desenvolver uma pedagogia centrada no aluno.
🔔PEDAGOGIA INCLUSIVA: Cujos pressupostos orientam ações
educacionais que visam o ensino na diversidade – a diversidade faz parte da
natureza do ser humano.
Não basta
propiciar aos alunos a convivência com a diferença, faz-se necessário garantir
a aprendizagem e o desenvolvimento de todos – procedimentos especiais aos
alunos com deficiências: diagnóstico, métodos e técnicas, adaptações
curriculares – adaptações arquitetônicas – princípios de igualdade de oportunidades.
Também envolve a organização e elaboração de planejamento flexível, adequação e
aperfeiçoamento dos planos de aulas em função das situações imprevistas,
prática pedagógica diversificada, trabalho coletivo de toda a equipe escolar,
desenvolver a formação continuada dos professores, apoio especializado para o
professor, estratégias e metodologia de ensino diferenciadas respeitando-se o
ritmo de aprendizagem de cada aluno.
Buscar o apoio
de toda comunidade escolar: professores, coordenadores pedagógicos, gestores
e supervisores escolares, funcionários e pais de alunos é de fundamental importância
para que a Inclusão aconteça de fato.
Faz-se
necessário também, a implementação de políticas públicas para a inclusão nas
esferas municipais, estaduais e federais, que visem a busca de uma sociedade igualitária, que reconheça e
garanta o direito das crianças com deficiência ao ensino regular, como qualquer
outra criança. Escola é direito de TODOS!
Quando
falamos de Inclusão, pautar-se por posições ideológicas, por pontos de vista
contraditórios e ideias ultrapassadas sobre o conceito, em nada contribui ou
favorece o movimento de inclusão, que tem como objetivo maior a mudança do
olhar, do pensamento e do comportamento. Inclusão escolar transforma a sociedade,
torna-a mais igualitária, onde todos tenham seus direitos respeitados,
assegurados e reservados.
REFERÊNCIAS:
LANNA JR,
Mário Cléber Martins (Comp.). História do Movimento Político das Pessoas com
Deficiência no Brasil. - Brasília: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria
Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010
MANTOAN,
Maria Tereza Égler. Introdução. In: MANTOAN, M. T. E. (Org.). A Integração de
pessoas com deficiências: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São
Paulo: Memnon, 1997.
MAZZOTTA,
Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: história e políticas
públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
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